tag:blogger.com,1999:blog-1928378070232860008.post2656189819593125356..comments2024-03-07T00:58:18.515+00:00Comments on Nesta hora: Camilo - e por cá, que lhe fizemos?João Reis Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/05157373402125927001noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-1928378070232860008.post-37869473030682971362011-08-22T19:47:44.605+01:002011-08-22T19:47:44.605+01:00O REALIZADOR ERA CHILENO (faleceu a 19) LOGO SUL-A...O REALIZADOR ERA CHILENO (faleceu a 19) LOGO SUL-AMERICANO,DESCULPE A IGNORANCIA...<br />aqrosaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1928378070232860008.post-9872867827018670522011-08-22T15:25:51.880+01:002011-08-22T15:25:51.880+01:00É SÓ PARA LEMBRAR Q O REALIZADOR CENTRO-AMERICANO(...É SÓ PARA LEMBRAR Q O REALIZADOR CENTRO-AMERICANO(?) SE FINOU HÁ POUCOS DIAS...COMO TAL RECEBEU TODOS OS ELOGIOS DO MUNDO...E AQUI ESTÁ O MEU!<br />aqrosaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1928378070232860008.post-16381591289777284942011-08-10T11:07:39.903+01:002011-08-10T11:07:39.903+01:00A propósito de Os Mistérios de Lisboa posto em cin...A propósito de Os Mistérios de Lisboa posto em cinema pelo Ruiz eis o que conto. <br />Há a velha "portuguesada" de comparar Camilo e Eça. Ora, os dois homens da pluma pertencem a épocas diferentes, "formaram-se" literariamente em campos distantes, viveram diversas experiências pessoais, pisaram mundos e sociedades nem paralelas nem demonstrativas de qualquer semelhança.<br />Li o Amor de Perdição pelos meus 11 anos, depois, as Cenas da Foz, o Eusébio Macário, A Corja, A Queda de um Anjo e outros e só me cheguei aos Mistérios mais tarde, já depois de ler e entusiasmar-me com o Eça. <br />Tive como companheiro no defunto "Liceu Salazar" - defunto como Liceu e como o seu patrocinador, defunto como o passado que se foi obrigado a deixar numa mala velha num porão afogado em lama e em pedaços de vidas - um descendente de Camilo, o Jorge Castelo Branco Graça: apreciador de leitura, de arroubos fantasistas e de efabulações que em nada ficavam a dever às do antepassado unindo divagações e realidades do quotidiano. Assim, em 1955, conheci a irmã, a Ana Maria Plácido; ela, os nossos filhos e netos deram-me entrada na família Castelo Branco, sangue que documenta lampejantes gotas de loucura e de humanidade que o grande novelista fixou, preto sobre o branco, como nenhum outro escritor português. <br />No tempo em que Os Mistérios se estrearam na Cinemateca era sua directora a Dr.ª Maria João Seixas (não sei se ainda se mantém no cargo nem cuido de saber porque, já se sabe, muda o governo e logo há uma enxurrada de mudanças para que a giga-joga partidária rode pelos alcatruzes da nora, uns chorando de desgosto ao serem despedidos enquanto sobem outros, contidos na alegria que no entanto se lhes rebola no olhar vivo, o de vencedores). <br />Apesar de conterrâneo da Sr.ª Dr.ª Maria João Seixas, a diferença de idades e de situação social - o pai dela, o Eng.º Seixas, era chefe do meu nos Caminhos de Ferro - fez com nunca nos cruzássemos, excepto uma vez - creio que na Sociedade de Estudos (?) em L. M., hoje Maputo - numa sessão de Poesia (?) em que uma jovem do círculo em que se encontrava a Dr.ª Maria João Seixas, leu um poema arrojado, daqueles de deixar o queixo caído às almas, corações e agonias das gentes bem educadas, formais e hipócritas da burguesia "laurentina". <br />Ora, acontece que a Cinemateca nos convidou para a antestreia de Os Mistérios… Lá fomos; estava uma sala bem composta; à chamada faltou o nosso filho Miguel que se encontrava na antigamente chamada Indochina em campanha de recolha de informes para o doutoramento. <br />Tudo correu pelo melhor, os artistas do filme e o produtor Paulo Branco receberam palmas e a Sr.ª Directora da Cinemateca agradeceu, primeiramente, à então Ministra da Cultura Gabriela Canavillas a sua presença na sala e, para meu espanto, a Senhora Ministra não ouviu, sequer, o mais discreto cumprimento. <br />A sala ficou muda. Não foi o silêncio do medo, antes o reflexo de um completo e cáustico desencanto. <br />Percebi muito claramente que o governo Sócrates estava em estertor e que em Lisboa se perdera toda e qualquer consideração pelos governantes, como, aliás, já acontecera muita vez desde a chegada do Liberalismo e da entronização da burguesia, essa mancha de óleo queimado e queimante que nos sufoca tanto ou mais do que as nojentas e selváticas hordas ditatoriais. <br />O silêncio das palmas foi cortado por outro agradecimento da Dr.ª M. J. Seixas. Olhando a fila em que nos encontrávamos agradeceu a presença da Ana Maria, trineta do casal de escritores, Camilo-Ana Plácido. <br />A Ana enterrou-se, ainda mais, na cadeira, levantou a medo o braço direito como que agradecendo a homenagem ao antepassado enquanto a sala vincava o "vibrato" das palmas. <br />O texto vai imenso pelo que me fico por aqui. Foi um minuto, pelo menos um, de emoção na homenagem a Camilo que partiu há 120 anos e cuja arte continua a enredar os leitores e, ainda, os espectadores do cinema feito com base nos seus textos. Dessa feita Os Brocas estiveram presentes. VWAnonymousnoreply@blogger.com